Tanto sofrimento nestes campos.
Pobres seres,
Eles tentam viver.
Arrastando aquela corrente...
Aparentemente ele tinha sonhos.
Ingênuo como eu era.
Quão forte és teu desejo?
Corte essa esperança,
Não a deixe crescer.
Atravessei o riacho;
Havia outro homem,
A beira do barranco.
O tempo não passava para ele.
Pobre estagnado,
Não tem mais crenças.
Tentou aprender tudo,
Não aprendendo mais nada.
Estagnado burro!
Chegando ao jardim,
Glória a Perséfone!
Uma mulher regava em seu lugar.
Trêmula, aparentava vigor.
Forte, generosa...
Quem engana?!
Mata as folhas com sua ira.
Fiquei em calafrios,
Quem dera tivesse alma.
Se soubesse sua ignorância,
Melhor afastar-me.
Não posso incomodá-la.
Cheguei a um imenso portão.
Não consigo atravessá-lo.
Mas vou tentar.
Tento novamente...
Finalmente consegui,
Mas não há nada.
Volto ao jardim?
Será algo novo,
Eu confio.
Senhora, o que devo fazer?
Não quero permanecer.
O ódio só aumenta em mim.
Andei por todo o jardim,
Pisei em vários espinhos,
Mas encontrei uma porta.
Um senhor de meia idade estava sentado.
Observando o nada.
Não havia motivos para estar ali.
Quem dera haver para não estar.
Bem distante do homem,
Um oceano desabrochava.
Não há melhor lugar.
Já era noite.
Como todo o dia.
Ficaria a eternidade.
Mas não a tenho,
De que adiantaria?
Viro-me,
Tentando esconder.
Caminho, em frente...
Tanto sofrimento nestes campos.
Estou aqui novamente,
o ciclo reiniciou.
Nunca volto ao mesmo ponto,
Sempre estou acima dele.
Peso do mundo.
Percorri toda a brisa do mar.
Chegando ao meu destino,
O nada.
Agora podemos descansar,
Novamente.
Já estamos mortos.