Tempo

4 de dez. de 2014

 Tudo desapegou. A morte me abandona aos poucos. Porque eu não consigo?! Diga-me! Não acharei resposta aqui.
  Ela está sentada do outro lado. Não sei qual era a cor da roupa. Seus olhos estavam me consumindo. Eu estava jogando fogo nos meus sonhos. Não importa o quanto eu queime, o final é sempre falho. Segure-me! O ar está me torturando. Mas os olhos ainda continuam a me consumir. Não sei onde estou. Digo a ela? Digo? Nem eu sei o que dizer. Pegue minha alma. Venda. Ela quem sofre.
  Passei algum tempo... não, apenas passei, acho que o tempo não estava ali, olhando-a. Depois voltei a morrer com o tempo.