Faíscas pelo Horizonte
Em pedaços,
quebrado, sangrando
A chuva
tocou nossa pele, calma
As lágrimas
se encontraram no chão
O gramado
queima, faísca
O suspiro
some com vento
Minha alma
paira sobre a neblina
Meu corpo
cai em lacunas
Quem vai nos
tirar?
Quem vai nos
tirar?
Hora de
afogar, arrumar os trilhos
Preparar as
taças,
Esperar a
neve,
Acolher o
frio,
Tomarmos o
vinho.
Não
acredito, desapareço,
Devolva-me
minha alma
Estou
cansado de nadar,
E boiar não
basta.
Acordei com desespero
Ouvi sua
voz,
Tocava meus
sentidos,
Mergulhava
em meu Oceano,
Ficava
comigo sobre o gramado.
A temporada
começou,
Serei a
caça, pegue,
Chateado com
o resultado?
Aborrecido
com o caminho?
Certo ou
errado? Mentira ou dúvida
Deixe-me!
Livre-se. Não diga
Afaste-se, viajei para o horizonte
Alcancei a
colina com o por do sol
Vi o brilho
em seus olhos
Vejo o mesmo
no horizonte,
Vejo o mesmo
no luar,
Vejo o mesmo
no Oceano,
No mar.
Jogue essa
areia sobre...
Recomece,
Refresque,
pegue uma sombra.
Sente a
brisa bater em seu corpo,
O toque
frio, sem dor, sem alegria,
Nada.
Sente o
nada?
Sente o
nada?
Então eu
serei o nada,
Serei a
brisa,
Viajarei com
o horizonte,
Tocarei a
lua,
Ficarei na
areia,
Verei o mar,
Serei o
Oceano.
Olhe o
relógio. Não parou?