Memórias de algum Presente

28 de ago. de 2014

Eu andei tanto tempo
Olhava para frente
Seria o capitão do mundo.
Estúpido!

Amparo ao prematuro
Nascido do lodo
Criado no gozo
Morto como todos

Sinto sua existência...
Desculpe-me
Vá para o oeste,
Liberte os livres.

Olhe a chuva... ela não existe.
Os vermes começaram a rastejar
Ela está os queimando.

O Inferno já mandou meu convite.
Pegarei o metrô.
Estou em casa

Acredite, estou escrevendo para você
Carta de amor? De suicídio?
Ambos não sabem o que dizer
O Amor suicidou. Sem complemento

Corra, pegue a faca
Todos começam a chorar.
Dói? Preencha seu coração de... álcool; tome [alguns remédios; diga
[para si: eu vivo! Pronto. Está feliz?

"Eu vi um homem, no barranco"
Ajudo? Ele já morreu

Ei, já leu até aqui
Conseguiu entender?
Crie um motivo, qualquer coisa
Falta um pouco mais, voltemos à poesia

É apenas mais um... disse a velha.
Só pensa em si... disse o doutor.
Deu um abraço, sem motivo... a amiga.

Estamos sozinhos, acredite
E agora, o que será?
Role os dados.

A faca sempre esteve aqui... Utilize.
Pobre falecido, ela está em mim

Sente aqui comigo, na grama.
Está vendo meu oceano?
Está sentindo a brisa?
Sente a maré?
São seus.